Vulnerabilidade significa a confiança na  verdade de Ser  – Ser Vulnerável é Ser Autêntico

Vulneráveis todos nós somos quer queiramos quer não, no entanto, ninguém quer admitir ou aceitar que é, porque ser vulnerável envolve-nos em conceitos como o medo, fraqueza, tendência a ser magoado, derrotado etc.

Vivemos um dia a dia cheio de medos de rejeição e perdas, cheio de incertezas mas, não os expressamos, afinal de contas acreditamos que ao fazê-lo mostramos o quanto somos realmente vulneráveis. Por vezes acreditamos que, se os outros souberem dessa vulnerabilidade mais facilmente nos atacam ou nos vencem. Contudo, a vulnerabilidade é o melhor caminho, para a autêntica ligação com os outros, connosco e com planos mais elevados.

Permitirmo-nos ser vulneráveis traz-nos autoconhecimento e realização pessoal em todos os níveis do Ser.

Em essência somos todos vulneráveis, embora a maioria continue a “ bater com a cabeça”, sofrendo de tormento e confusão mental, só por tentar a todo o custo esconder ou rejeitar a sua própria vulnerabilidade, acreditando que, o ser fal baseado no ego é, o seu Eu verdadeiro, que é forte e destemido e que precisa de estar sempre “de espada em punho” para se defender dos ataques “do mundo”.

Ser vulnerável é, expor-se aos infortúnios da vida e aprender com eles, é entender que sem eles não se cresce, não se aprende e não se evolui. Ser vulnerável é sair da zona de conforto.

Na nossa sociedade acredita-se que, uma pessoa que vive na zona de conforto, sem se meter em confusões é dotada de características denominadas de virtudes e que isso, é o ideal do ponto de vista mental e emocional. No entanto, viver na zona de conforto é apenas passar pela vida, sem a aproveitar, a concha onde nos fechamos, pensando estar protegidos, pouco ou nada nos ensina.

A vulnerabilidade é o primeiro aspecto que procuramos ver nos outros e o último que queremos que os outros vejam em nós. A vulnerabilidade é uma parte complexa e intrigante da vida humana, não a aceitamos facilmente, mas precisamos dela para evoluir.

Quando aceitamos ser vulneráveis, permitimo-nos experimentar a alegria e toda a autenticidade e arrebatamento da vida, conseguimos finalmente ver, aceitar e conviver com as nossas imperfeições. Não querer ser vulnerável ou mostrar vulnerabilidade é acreditar ou querer fazer crer que se é perfeito.

Permitir que o nosso lado vulnerável se manifeste é quebrar a ilusão da fachada perfeita, sermos capazes de expressar as nossas falhas, erros e fragilidades, é aprendermos as lições que vêm dos desafios daquilo que nos expõe e abala na vida, criando o ambiente interno para a aceitação e compreensão de quem realmente somos. Somos Seres imperfeitos,  contrariar isso querendo ser perfeito só trás decepções e sofrimento.

Para ser vulnerável é preciso muita coragem, pois a vulnerabilidade põe-nos frente a frente com os nossos medos, é um grande desafio. Ser vulnerável é estar aberto para receber as coisas boas e também os dissabores da vida, porque neste planeta tudo é dual, estamos sujeitos à polaridade, por exemplo para vermos o nascer do dia temos que esperar que passe a noite, e temos que saber o que é a tristeza para valorizarmos a alegria. Para o nosso coração se abrir de verdade à generosidade, beleza e amor precisamos passar pelo pólo oposto que são as “feridas ou dores ” que são as pedras no caminho da vida.

Quando iniciamos o processo interior de nos permitirmos ser vulneráveis, é assustador, parece que estamos a ser atacados por um animal feroz e sentimo-nos sem defesa, somos assaltados por um medo avassalador de sermos devorados mas, com o passar do tempo e o alcance da compreensão necessária, tudo muda e verificamos que afinal a vulnerabilidade tem muitos aspectos positivos que listarei alguns mais adiante.

Alguns aspectos que tornam mais difícil expressar a nossa vulnerabilidade são a baixa auto-estima/confiança, falta de amor próprio, talvez porque tenhamos tido episódios na nossa vida em que nos julgaram ou criticaram repetidamente, fomos enfraquecendo e acreditando que temos que estar constantemente a lutar, à defesa, e isso é o oposto de ser vulnerável.

Sermos verdadeiros e confiantes é sermos vulneráveis, acreditar em nós próprios, naquilo que somos, não nos incomodando com o que pensam os outros sobre isso mas, aceitando a verdade do que somos e não tentando ser o que gostaríamos, ou por outro lado o que os outros gostariam que fossemos. Aceitarmo-nos com fragilidades e defeitos é desconfortável, daí a dificuldade em abraçar a vulnerabilidade mas, embora seja desconfortável não é fraqueza, é autenticidade.

Ilustrando um pouco do que espera todos aqueles que decidem ter coragem de fazerem terapia de autoconhecimento, deixo um excerto de algo dito por Cristen Rodgers

“A confiança na Alma é como a flor na primavera, abrindo lentamente as pétalas bem fechadas para evidenciar a própria essência interior da criação. Ela retira camada após camada protectora até que a verdadeira natureza esteja totalmente exposta, deixando cair as máscaras, desarmando mentiras, libertando julgamentos, até que finalmente se revela a Centelha Divina cintilando dentro dela”. Cristen Rodgers

É essencial pararmos de controlar as situações, controlar não é uma necessidade como acreditamos ser, querer controlar tudo condiciona-nos, não nos deixa livres para Ser. Abrir mão de controlar, até mesmo aquilo que os outros pensam de nós ou a forma como nos vêem, é um passo essencial para caminharmos ao encontro da vulnerabilidade, que favorece o contacto com a nossa autenticidade, a verdade do Ser, caminhamos ao encontro de nós mesmos. Evitar controlar ou resistir é muito difícil mas não é impossível, basta querer para que isso possa acontecer.

Vulnerabilidade significa a confiança na nossa verdade de Ser, seja ela qual for, sem máscaras, sem mentiras e sem querer a perfeição que ainda não temos, nenhum de nós chegou lá ainda.

Vulnerabilidade é um bem imensurável e, no entanto, os valores e ideais da sociedade actual consideram-na como indesejável e perigosa para o nosso bem-estar. Na realidade, o verdadeiro é o oposto: é a vulnerabilidade que nos torna capazes de amarmos e crescermos cada vez mais fortes.

Ser vulnerável é também correr riscos, por exemplo de expormos a nossa falta de conhecimento ou compreensão espiritual. Embora possa ser difícil de compreender, não há outra “estrada” que nos leve ao verdadeiro significado das nossas experiências espirituais.
Como Seres Divinos que somos, com o propósito de nos conectarmos a uma força maior, seja qual for o nome que você lhe queira dar, o objectivo é purificarmo-nos até ascendermos de volta para a fonte que nos criou, a vulnerabilidade é um dos requisitos necessários para alcançarmos esse propósito.

 Quanto melhor nos conhecemos mais nos amamos, quanto mais nos amamos, melhor nos aceitamos como seres imperfeitos em busca da perfeição.

Vantagens de se permitir ser vulnerável

Maiores e melhores conexões com os outros, os laços afectivos são verdadeiros e de melhor qualidade, sejam eles amorosos, familiares ou até mesmo de amizade, porque sendo vulneráveis tornamo-nos disponíveis emocionalmente.

 A vulnerabilidade torna-nos autênticos, honestos connosco e com os outros.

A vulnerabilidade abre todas as portas que antes estavam trancadas pelo nosso estado de defesa constante.

Promove o bem-estar geral porque permite que o nosso coração experimente de verdade tudo aquilo que a vida oferece.

Desperta-nos para o aprofundamento espiritual elevando a nossa consciência a todos os níveis do Ser.

Só sendo desafiados é que podemos crescer e aperfeiçoar-nos, por isso não tenha medo, seja vulnerável.

Uma pessoa que aceita, que permite ser vulnerável é corajosa ( cor =

coração, corajosa = assume quem ela é com todo o coração) e consegue:

 *sentir a compaixão 1º por ela própria e depois pelos outros, porque é impossível ser compassivo com o outro se não formos amáveis connosco.

* sentir-se conectada, e isso é a autenticidade que nos trás, consegue-se apenas e só, tendo a coragem de deixarmos de ser quem julgamos que somos e passarmos a ser quem somos verdadeiramente.

*acreditar que aquilo que nos torna vulneráveis é o que nos torna lindos.

*aceitar que a vulnerabilidade não é confortável mas também não a ver como dolorosa e sim como necessária.

Uma pessoa vulnerável tem a disposição de:

Dizer “amo-te” em primeiro lugar.

Fazer as coisas  mesmo  não tendo  garantias.

Respirar fundo antes de saber o resultado de uma tomografia.

Investir num relacionamento que pode muito bem não dar certo, mas que é fundamental para o seu crescimento.

 

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21 de Março de 2024

                                                                                                                                                                                      Otília Sousa

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